Descubra sobre os diferentes tipos de calendários usados em todo o mundo e os sistemas que eles seguem.
Com o tempo, muitos países ao redor do mundo desenvolveram seus próprios calendários, com base em sua cultura e tradições. Usamos esta ferramenta de medição do tempo para planejar nossa rotina, organizar compromissos, saber os dias, marcar datas, celebrações e outros eventos importantes.
Mas você sabia que existem diversos outros tipos de calendário além do que usamos, cada um com suas características e divisões diferentes?
Esses são os principais tipos de calendários. Conheça tudo sobre as diferentes formas de calendário e como e quando cada um deles foi usado, ou ainda é, na contagem do tempo!
Em primeiro lugar, é importante saber que os Calendários geralmente são pautados no reflexo de uma cultura e de suas crenças.
Muitos calendários diferentes foram desenvolvidos ao longo dos milênios para ajudar as pessoas a organizar suas vidas e medir o tempo.
Aqui estão alguns dos calendários mais populares:
O calendário chinês foi criado entre 2697 a.C. e 2597 a.C. e é orientado pelos ciclos da Lua e do Sol.
Quando falamos de tipos de calendários, os anos do calendário chinês se diferem de tudo do que veremos a seguir. Recebem o nome dos animais do horóscopo chinês e, a cada 12 anos, é completado ciclo.
Veja quais são os animais que dão os nomes aos anos nesse calendário:
Diferentemente do que estamos acostumados, o Ano Novo Chinês, chamado de Ano Novo Lunar ou Festival da Primavera, é uma data móvel, que se inicia no primeiro dia do primeiro mês lunar do calendário chinês.
O calendário islâmico segue o ciclo lunar como base. Nele, os anos têm 354 dias divididos em 12 meses de 29 ou 30 dias. Os meses são iniciados apenas após a mudança da Lua para a fase crescente, o que influencia na duração dos meses.
O primeiro ano do calendário islâmico teve início em 16 de julho de 622 d.C., e, assim como no Calendário Chinês, o Ano Novo Islâmico (Al-Hijra) também é uma data variável.
O Calendário Maia é dividido em duas partes: Haab e Tzolkin.
A primeira é o calendário civil, que tem 365 dias divididos em 18 meses de 20 dias cada. Nessa divisão, 5 dias ficam de fora e não pertencem a nenhum mês.
Já a outra parte, considerada o calendário religioso, é dividida em 13 meses de 20 dias, totalizando 260 dias.
O Calendário Juliano substituiu o calendário romano em 46 a.C., pois o anterior apresentava algumas falhas na contagem do tempo. Em 1582, ele deu lugar ao calendário Gregoriano, como visto no tópico anterior.
Em outras palavras o calendário Juliano é considerado um calendário solar. Muito semelhante ao Gregoriano, com 365 dias, 12 meses e anos bissextos a cada 4 anos.
Contudo, os dois calendários têm uma diferença de 13 dias na contagem.
É raro chamarmos os nossos tradicionais calendários assim, mas esse é o nome do formato usado aqui no Brasil e também em vários outros países.
O calendário Gregoriano foi instituído pelo Papa Gregório XIII em 1582 e é um calendário cristão e solar, ou seja, baseado no movimento da Terra ao redor do Sol.
Os anos têm 365 dias divididos em 12 meses. Mas, como o ciclo solar tem 365 dias e 6 horas, algumas horas acabam “sobrando” nessa contagem e formam aquele 1 dia a mais incluído nos anos bissextos.
Como o próprio nome já entrega, o calendário Etíope é o usado na Etiópia e a sua organização é parecida com a do calendário Juliano.
No entanto, nesse calendário o ano tem 13 meses: 12 meses com duração de 30 dias e 1 mês, o último, com 5 dias. Nos anos bissextos, esse último mês recebe mais um dia.
O calendário judaico é lunissolar, ou seja, baseado nos ciclos da Lua e do Sol. Por isso, os anos podem ter 12 ou 13 meses e a quantidade de dias também pode alterar.
Em 19 de setembro de 2020, iniciou-se o ano 5781 do calendário judaico, que foi criado aproximadamente em 1447 a.C e é usado em Israel há mais de 3 mil anos.
Assim como muitos outros tipos de calendários, o calendário Juche é único. Utilizado apenas na Coreia do Norte, sua proveniência parte da ideologia Juche, fundada por Kim II-sung.
O calendário Juche é solar, assim como o gregoriano. No entanto, o ano 1 não é marcado pelo nascimento de Jesus, mas sim pelo nascimento do líder Kim II-sung em 1912.
No calendário egípcio, os anos tinham 365 dias divididos em 12 meses de 30 dias, além de 5 dias extras reservados para homenagear os deuses.
A sua criação tem relação direta com o rio Nilo e as suas principais variações, ou seja, os períodos de cheia, plantio e colheita.
O calendário lunar segue as fases da Lua e, nele, os meses sempre se iniciam com a lua nova. Por isso, os meses têm 29 e 30 dias, intercaladamente, com um total de 354 ou 355 dias no ano.
Quando é usado, é necessário fazer algumas alterações para adequá-lo ao calendário solar.
O calendário solar segue o ciclo do Sol, como é o caso dos calendários Gregoriano e Juliano.
Como esse é o modelo que usamos no Ocidente, suas regras são assimiladas pela nossa cultura e já estamos acostumados a acompanhar seus 12 meses e 365 dias, e com os anos bissextos a cada 4 anos.
Já os calendários lunissolares usam tanto o Sol quanto a Lua como base. Os calendários judaico e chinês são alguns dos exemplos de modelos lunissolares.
Nesse formato, é necessário fazer um ajuste para alinhar o ano solar às fases da lua, o que ocorre com a inclusão de um mês extra periodicamente.
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