A história não poderia ter sido escrita sem a presença de mulheres em posições de liderança, artistas e à frente de grandes descobertas. Por isso, veja abaixo algumas das milhões de mulheres que marcaram história e conheça um pouco mais sobre cada uma delas e suas conquistas.
A mulher tem um papel essencial na sociedade e, por isso, listamos abaixo alguns dos grandes nomes femininos que se perpetuaram no tempo. Confira!
- Rosa Luxemburgo
- Anne Frank
- Valentina Tereshkova
- Marie Curie
- Simone de Beauvoir
- Joana D’arc
- Amelia Earhart
- Frida Kahlo
- Rosa Parks
- Marsha P. Johnson
- Tseu-Hi, a Imperatriz Viúva Cixi
- Maria da Penha
- Cecília Meireles
- Tarsila do Amaral
- Elis Regina
- Chica da Silva
- Maria Quitéria
- Dandara
- Catarina Paraguaçu
Grandes mulheres com grandes histórias
Estamos falando da história de mulheres que fizeram muito mais do que era esperado delas por uma sociedade patriarcal. Para se ter uma ideia, em um passado não muito distante — mais ou menos nos anos de 1950 — era um absurdo a mulher ir à praia expondo a barriga de gestante.
Por isso, sem essas grandes mulheres ainda estaríamos vivendo em uma era quase medieval. Mulheres não teriam direito a estudar, a trabalhar, a votar e assim por diante.
Só aqui no Brasil, temos diversos exemplos como Anita Garibaldi, Chiquinha Gonzaga, Tarsila do Amaral e outros. Pelo mundo afora há várias outras, algumas que ficaram marcadas não só nos livros de história, mas na cultura de um povo.
Conheça algumas das mulheres que marcaram história
1. Rosa Luxemburgo (1871 – 1919)
Rosa ousou viver de uma forma totalmente diferente do que era esperado para alguém do seu tempo. Lutou por melhores condições de trabalho para as mulheres, cursou direito, chegando até mesmo a fazer doutorado.
Entrou em diversos partidos políticos socialistas, ajudou na revolução russa, foi presa diversas vezes e só parou sua militância quando foi assassinada com os outros dois fundadores do Partido Comunista da Alemanha.
2. Anne Frank (1929 – 1945)
Muitos conhecem a história da garotinha judia que foi parar em um campo de concentração da Alemanha nazista e acabou morrendo. Mas deixou um diário que ganhou aos 13 anos e onde contava o seu dia a dia enquanto se escondia com outros judeus no fundo de uma fábrica.
Anne Frank, apesar de muito nova, foi uma das mulheres que marcaram história e que deve ser lembrada por tudo o que passou e por ter registrado de forma comovente tudo o que aconteceu nos seus últimos dias.
Esse diário se tornou um livro e foi traduzido em mais de 30 idiomas. Ainda há filmes biográficos, inclusive um que recebeu mais de 3 Oscars.
3. Valentina Tereshkova (1937 – )
Estamos falando da primeira mulher a ir ao espaço fazendo parte da tripulação da Vostok 6 em 1963. Ela ficou no espaço por mais de 70 horas e deu mais de 45 voltas no nosso planeta.
Valentina possui uma origem humilde e é filha de camponeses e hoje é tida como uma heroína na Rússia e possui reconhecimento internacional pelo seu grande feito.
4. Marie Curie (1867 – 1934)
Ficou famosa por ser uma mulher brilhante e uma das poucas a conseguir ingressar em uma área que era, basicamente, 100% ocupada por homens. Conhecida por ter descoberto, juntamente com seu marido, os elementos Polônio e Rádio, foi a primeira mulher a ganhar o prêmio Nobel de física.
Também foi a primeira mulher na França a defender uma tese de doutorado. E recebeu também outro prêmio Nobel, só que, dessa vez, foi em química.
5. Simone de Beauvoir (1908 – 1986)
Simone foi uma famosa escritora francesa e que sempre acreditou na liberdade para que cada pessoa, homem ou mulher, pudesse fazer de suas vidas o que entendessem e viver da maneira que achavam melhor e não como a sociedade dizia que deveria ser.
6. Joana D’arc (1412 – 1431)
Outra mulher que foi além do seu tempo e lutou, ao lado dos franceses, vencendo diversas batalhas contra a Inglaterra na Guerra dos Cem Anos.
Ela era uma simples camponesa e, um dia, recebeu uma “missão divina”: salvar a França e fazer com que o rei francês fosse coroado.
Joana D’Arc foi acusada de bruxaria e entregue pelos próprios franceses aos inimigos e acabou queimada na fogueira. Em 2020, a França a canonizou como santa.
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7. Amelia Earhart (1897 – 1939)
Amelia marcou o seu nome na história e também na aviação. Foi a primeira mulher a pilotar sozinha sobre o Oceano Atlântico e uma pioneira nos Estados Unidos.
Ela tentou dar a volta ao mundo duas vezes. Na segunda tentativa, depois de já ter voado quase 35.500 km, não houve mais contato seu com a base e tanto o avião quanto a própria Amelia sumiram sem deixar vestígios.
O governo norte-americano enviou 9 navios de busca e 66 aviões para encontrá-la, mas nada foi achado.
8. Frida Kahlo (1907 – 1954)
Uma das pintoras mais famosas do mundo, não só pela sua arte, mas pela sua irreverência e por viver sob as próprias regras, sem deixar que a sociedade ditasse como deveria ser sua vida.
Teve diversos amores e uma vida amorosa bastante complexa. Mesmo com fortes dores na coluna, com metade da perna amputada e depressiva, conseguia continuar com sua arte, pintando diversos quadros que hoje valem muito dinheiro.
9. Rosa Parks (1913 – 2005)
Rosa foi uma ativista símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos e foi a maior responsável pelo fim da lei de segregação racial dos transportes públicos da cidade de Montgomery.
Parks foi presa quando se negou a dar seu assento para um homem branco e a comunidade negra boicotou o uso de transporte público por 381 dias até que a lei que fazia com ônibus tivessem assentos específicos para pessoas negras, fosse retirada.
10. Marsha P. Johnson (1945 – 1992)
Marsha era uma mulher trans que ficou conhecida como a pioneira na luta pelos direitos LGBTQIA+ nos Estados Unidos. Participou da rebelião de Stonewall em 1969, na qual lutou contra a repressão policial sofrida por pessoas gays e trans em Nova York.
Também fundou a Gay Liberation Front, que foi um grupo que lutou contra a perseguição a todos que fizessem parte da comunidade LGBTQIA+. Além do seu primeiro grupo, Marsha e Sylvia Rivera criaram a Street Transvestite Action Revolutionaries, que visava oferecer moradia às pessoas trans desabrigadas.
11. Tseu-Hi, a Imperatriz Viúva Cixi (1835 – 1908)
Tseu-Hi foi concubina do Imperador Tongzhi, com quem teve apenas um filho, e, após a morte do Imperador, deu um golpe para tomar o governo para si.
Considerada uma das figuras mais importantes da história chinesa, Imperatriz Viúva Cixi, ficou conhecida por suas rebeliões, pela sua política e por fazer parte da corte da China Imperial por mais de meio século.
8 Mulheres que marcaram história no Brasil
1. Maria da Penha (1945 -)
A nome Maria da Penha é significado de luta pelo movimento feminista e pela justiça para abusos e violência praticados contra a mulher.
Seu ex-marido, um peruano, tentou matá-la por duas vezes. Na primeira vez foi com um tiro que a deixou paraplégica e a segunda tentativa foi quando tentou eletrocutá-la no banheiro. Dessa vez, Maria da Penha viu que precisava escapar ou acabaria morta.
Mas a batalha dela só estava começando, pois a justiça brasileira era bem negligente quando se tratava de crimes contra a mulher. Ela teve que recorrer à justiça internacional, cujo tribunal condenou o Brasil por omissão e negligência.
Foi a partir de toda essa luta que deu-se início à lei que hoje é conhecida como Lei Maria da Penha e se tornou uma inspiração para outros países.
2. Cecília Meireles (1901 – 1964)
Foi a primeira brasileira a ter grande destaque na literatura com mais de 50 obras publicadas. Além de poemas, também escrevia contos, literatura infantil, folclore e crônicas. Cecília também atuou como professora, pintora e jornalista.
3. Tarsila do Amaral (1886 – 1973)
Sem dúvida alguma, uma mulher além do seu tempo e que rompeu com os padrões da sociedade. Enquanto era esperado que uma mulher se casasse, tivesse filhos e sua única obrigação fosse cuidar da família (especialmente para uma mulher da alta classe como Tarsila), isso não era o bastante.
Ela se casou primeiro com seu primo materno, um médico extremamente conservador e que criou um ambiente no qual a criatividade de Tarsila não se desenvolveria muito bem. Como era de se esperar, a união não durou muito.
Depois, se casou com Oswald de Andrade e, com ele (mais outros artistas) criou o movimento antropofágico, um dos mais radicais do Modernismo. Após seu marido a deixar para viver com Pagu, Tarsila se envolve com um escritor 20 anos mais jovem, algo que, até os dias de hoje, ainda é um tabu.
4. Elis Regina (1945 – 1982)
Uma das maiores cantoras da música popular brasileira que ficou eternizada em suas canções. Elis era uma mulher irreverente e que criticava abertamente a Ditadura Militar. Mas ela se tornou tão popular que em vez de exilá-la (como estava acontecendo com outros cantores), sua única punição foi cantar o hino nacional.
Ela foi uma forte voz feminina, destemida e que criou a música O Bêbado e o Equilibrista, música que foi considerada o hino da anistia.
5. Chica da Silva (1732 – 1796)
Também apelidada por muitos de Rainha do Tijuco, Chica da Silva nasceu escrava, mas aos 22 anos foi comprada pelo contratador de diamantes João Fernandes de Oliveira. Ele lhe deu a alforria e assim, passaram a viver juntos.
Por ser mulher mulata e ex-escrava, Chica tinha tudo para ser deixada de lado pela elite, mesmo tendo muito dinheiro. Mas o seu jeito de ser fez com que as pessoas jamais a desprezassem. Além de andar sempre ricamente vestida, também ia para os locais com mais de 10 acompanhantes, o que lhe rendeu o apelido de Rainha do Tijuco.
6. Maria Quitéria (1792 – 1853)
Além de uma das mulheres que marcaram história, Maria é considerada uma heroína do seu tempo, pois fugiu de casa para entrar nas forças armadas vestida de homem.
Mesmo sendo descoberta, seu superior não permitiu que ela fosse embora. Maria era muito boa com armas e muito disciplinada, portanto, seria uma grande perda nesse momento mais crítico do império. Infelizmente, sua bravura só foi reconhecida muitos e muitos anos depois, quando já não estava mais entre nós.
7. Dandara (? – 1964)
Dandara foi a primeira companheira de Zumbi dos Palmares e teve destaque na construção do Quilombo dos Palmares (local importante que abrigava escravos que fugiam) e o defendia o dos diversos ataques sofridos lutando com técnicas de capoeira
Dandara pulou de um abismo em 1964 após ter sido presa como resultado de se negar a voltar a ser escravizada.
8. Catarina Paraguaçu (1503 – 1586)
Catarina nasceu onde hoje é o estado da Bahia e era uma índia Tupinambá.
Ainda jovem, foi oferecida como esposa ao náufrago português Diogo Álvares, com quem formou a primeira família brasileira documentada, bem como a primeira família cristã brasileira.
Catarina tinha sonhos frequentes com náufragos e o mais frequente deles foi de uma mulher com uma criança nos braços. Após diversas buscas e náufragos encontrados, ela sonhou novamente com a mesma mulher, mas, dessa vez, ela recebeu um pedido: que construíssem uma casa para ela na sua aldeia.
Pouco tempo depois, foi encontrada uma imagem da Virgem Maria com o menino Jesus nos braços.
Conheça mais sobre o Dia Internacional das Mulheres
O Dia Internacional das Mulheres, celebrado em 8 de março em diversas partes do mundo, é um momento crucial para reconhecer as mulheres por suas conquistas e para refletir sobre as lutas históricas e cotidianas que enfrentam.
Além disso, é importante lembrar que o Dia Internacional das Mulheres promove a solidariedade entre as mulheres e inspira ações para impulsionar mudanças positivas em direção a um mundo mais justo e inclusivo para todos.
Neste contexto, é crucial reconhecer as personalidades femininas importantes e os ícones femininos da história, cujas realizações e lutas contribuíram significativamente para avançar os direitos das mulheres e moldar o mundo em que vivemos.
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